segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

perdidos no tempo

Agora penso em como nos perdemos no tempo. Nunca soubemos fazer as coisas na altura certa, tomar as atitudes correctas no momento mais indicado. Nada. Nunca soubemos, sequer, discutir quando assim deveria ser. A única coisa que sabíamos fazer era cair nos braços um do outro como se fossemos eternos. Como se o tempo se perdesse em nós.
Perdíamo-nos no tempo que se perdia em nós e nós perdíamo-nos um no outro. 
Por isso é que um ano depois cá estamos nós. A cada dia que passa, um bocadinho mais empurrados pela tentação para os braços um do outro. Por isso é que, um ano depois, ainda vivemos como se nunca nos tivéssemos separado. Como se o tempo não tivesse passado e como se amanhã não fosse 8 de janeiro de 2013 mas sim 8 de janeiro de 2012.

2 comentários:

  1. que texto triste, mas palavras muito bonitas!

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  2. para deixarmos de nos perder no tempo, basta deixarmos de acreditar que o tempo existe!
    Nas palavras do Jorge Palma, "O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão, o tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção! Se abandonarmos as horas, não nos sentimos sós! Meu amor, o tempo somos nós!"

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