domingo, 8 de agosto de 2010

leve.

O medo de amar é também por vezes o sofrimento de aceitar a realidade. Por vezes, a vida é tão rápida que quando damos conta está tudo mudado e tudo perdido. Custa aceitar, custa sentirmos na pele a dor da partida e não podermos fazer uma pequena coisa que seja pois nada depende de nós. Não depende, porque talvez não aproveitamos as oportunidades no momento exacto. Não depende, porque talvez perdemos tempo a fecharmo-nos numa concha e a chorar como se o mundo fosse o culpado de tudo, quando o culpado eramos nós próprios. Quando se perde alguém que um dia já foi tudo para nós, vemos tudo devastado, tudo perdido. Pensamos que estamos sozinhos no mundo, porque aquela pessoa já nao está do nosso lado. Porque sentimos falta dos bons momentos que ela nos proporcionava, dos sorrisos que ela fazia nascer, em segundos. Sentimos falta do alento e do amor e o coração bate forte, de saudade. Nesse momento, já nada faz sentido. Nunca faz. Tentamos aceitar a realidade que a vida nos tenta impôr, mas é tarde, a nossa hora já passou.


O vento que nos leva algo que amamos, é o mesmo que nos traz algo que aprendemos a amar, nunca se esqueçam.
E sejam felizes,
Catarina Costa

4 comentários:

  1. É certo que custa aceitar quando se perde alguém, podemos bater com a cabeça na parede mil e uma vezes, podemos chorar como se o amanhã se antevisse desfeito, podemos ser fracos em demasia... Mas como o texto refere, o vento vai e volta. Eu pintei de negro uma situação dessas depois de uma relação de três anos, e nunca mas nunca acreditei que ia erguer a cabeça!
    E o vento não me trouxe nada dois anos depois disso, simplesmente o caminhar amadureceu-me..
    E sim, sou feliz!

    Beijo,
    Ser Oculto

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  2. Custa sempre aceitar que perdemos. Uma vez uma pessoa sábia disse-me que quando perdemos parece que é sempre a primeira vez. Que nunca sabemos reagir, que a dor tem sempre uma cor farta que os olhos não aguentam e a nossa garganta parece sempre seca, ao contrário dos olhos que se extasiam de tantas lágrimas.
    Também eu já senti essa dor e se quão insuportável é. Eu tenho por hábito dizer que é das piores, pois muda tudo quando esse tudo te fazia feliz.
    No entanto, com o tempo eu aprendi a ver de outra perspectiva, talvez nem seja assim, mas ajuda a que não doa tanto. Comecei a acreditar que as pessoas que perdia, perdia-as porque elas não poderiam fazer parte do meu caminho, não eram as indicadas. Estavam a ocupar o lugar das certas. :)
    E acredito, numa conotação religiosa, coisa que sou, que não é o vento, mas Deus. Que nos tira, e nos dá. Muitas vezes não o que queriamos, mas talvez o que nos vai fazer melhor.

    Beijinho, gostei muito do post*

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  3. antes de mais nada, gostei muito do post (:

    é sem dúvida verdade que dói sempre quando perdemos alguém, mas essa dor não é nada ao lado da alegria de encontrar "outro alguém". No entanto não acredito que seja o vento a trazê-lo, temos de ser nós a procurá-lo, porque só quem procura, encontra!

    respondendo só à inês (yumeyume), também acredito em Deus, não sou religioso (e acho que ela também não - um religioso é um monge, frade, padre ou freira!), mas não acredito que Deus interfira dessa forma na nossa vida, não acredito que Ele tire e meta pessoas no nosso caminho, porque Ele sempre nos quis a todos unidos e sempre unidos. Eu acredito que somos nós os únicos responsáveis, e por vezes nem é o melhor mas sim o que acontece por decisão nossa, que, como humanos que somos, erramos muitas vezes. mas se perdemos alguém é por nossa decisão ou decisão dessa pessoa, e se encontramos alguém é porque nós o/a procuramos ou essa pessoa nos procura! Por isso, de nada serve ficar parado!

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